Cancro da Próstata
O que é e para que
serve a Próstata?
A Próstata é uma glândula que integra o Sistema Reprodutor Masculino e tem como função produzir parte do fluído seminal.
A Próstata está localizada por baixo da bexiga, à frente do reto e é atravessada pela uretra.
Cancro da Próstata
O Cancro da Próstata é o segundo tipo de cancro mais fatal para os homens, precedido unicamente pelo Cancro do Pulmão.
Tal como acontece com outras glândulas e órgãos é necessário que haja regeneração celular para que o tecido prostático possa ser renovado.
Quando as células perdem a capacidade de se renovar por sofrerem mutações no seu genoma, tornam-se células cancerígenas, e é precisamente o aumento desordenado e anormal destas células que leva à formação do tumor.
Uma das razões que torna o Cancro da Próstata tão perigoso é o facto de a sua sintomatologia ser, na sua maioria, relativamente silenciosa, sendo que alguns dos sintomas só se manifestam numa fase já bastante avançada da doença.
Fatores de Risco
São vários os fatores reconhecidos como sendo fatores de risco para o desenvolvimento do Cancro da Próstata, nomeadamente:
A idade.
A genética.
Alterações a nível hormonal.
A exposição à contaminação atmosférica, à poluição e a diversos produtos químicos.
Défice de Vitamina D.
Consumo excessivo de álcool.
Sintomas
O Cancro da Próstata é um tumor que, tipicamente, apresenta uma evolução lenta, o que leva a que alguns dos sintomas demorem anos a manifestar-se.
Alguns dos sintomas mais comuns são:
A necessidade frequente de urinar, especialmente durante o período da noite.
Urinar em pequenas quantidades.
Não conseguir urinar.
Sentir dor ou sensação de ardor ao urinar.
Apresentar vestígios de sangue na urina.
Disfunção erétil.
Sentir dor ao ejacular.
Diagnóstico
Apesar de os seus sintomas se manifestarem tardiamente e de a sua evolução ser relativamente lenta, o Cancro da Próstata pode ser diagnosticado com facilidade e precocemente através da realização de exames como o Toque Retal, o Antígeno Prostático Específico, a Análise de Urina ou a Ecografia Transretal. O diagnóstico tem, contudo, de ser confirmado com recurso a uma Biopsia, e existem ainda exames para determinar qual a dimensão do tumor, nomeadamente a Cintilografia Óssea e a Tomografia Computorizada (TAC).
Tratamento
Após confirmado o diagnóstico e determinada a dimensão do tumor é necessário classificá-lo quanto ao seu grau de agressividade para se prosseguir com a terapêutica mais adequada. Esta classificação é feita tendo em consideração o grau de agressividade e o estádio do tumor.
Escala de Gleason
Para calcular o grau de agressividade do tumor é utilizada a Escala de Gleason. Esta escala estabelece uma comparação entre as células saudáveis e as células cancerígenas, através dos resultados obtidos na Biopsia.
A classificação é feita de 1 a 5 para cada um dos grupos celulares, sendo o resultado final a soma dos dois valores, por exemplo, se o total de células saudáveis é 3 e o total de células cancerígenas é 5 então o grau de agressividade do tumor é 8.
De 2 a 6, o tumor é considerado como sendo pouco agressivo.
O grau 7 é o valor intermédio.
De 8 a 10, o grau de agressividade do tumor é considerado elevado.
Classificação TNM
A dimensão do tumor é classificada com recurso à classificação TNM, em que N determina se existem gânglios afetados e o M a presença de metástases.
Estádios T1 e T2 significam que o tumor está localizado.
Estádios T3 e T4 significam que o tumor está localmente avançado.
Existem várias opções de tratamento, que devem ser aplicadas consoante as características do tumor e o quadro clínico global do paciente.
O tratamento pode ser realizado com recurso a:
Hormonoterapia.
Quimioterapia.
Radioterapia.
Crioterapia.
Cirurgia (Prostatectomia e Cirurgia Minimamente Invasiva).
É ainda possível, caso o tumor apresente uma dimensão e agressividade reduzidas, que seja feito apenas o acompanhamento do paciente, observando com regularidade se há alterações e evolução.
