Pneumonia
A Pneumonia leva todos os anos à hospitalização de milhares de doentes, sendo a principal causa de internamento em Portugal.
O que é a Pneumonia?
A Pneumonia é uma inflamação dos alvéolos (pequenos sacos de ar dos pulmões) e das vias respiratórias.
Como resultado desta inflamação os alvéolos e os bronquíolos acumulam líquido, o que provoca dificuldades durante a realização de trocas gasosas. A elasticidade do tecido pulmonar é também comprometida, o que leva a dificuldades respiratórias.
O que causa a
Pneumonia?
Como referido, a Pneumonia caracteriza-se pela inflamação do tecido pulmonar, sendo esta inflamação causada pela proliferação de microrganismos.
Estes microrganismos podem ser vírus, fungos, bactérias ou parasitas e normalmente o nosso organismo consegue responder eficazmente aos ataques destes microrganismos através de diversos mecanismos de defesa.
Quando estes mecanismos de defesa estão fragilizados ou quando há uma sobrecarga das defesas do organismo, resultante da exposição a um elevado número de microrganismos, o risco de contrair Pneumonia aumenta de forma exponencial. A exposição a um microrganismo especialmente infecioso pode, também, dar origem a Pneumonia. Regra geral, este tipo de microrganismo é encontrado em hospitais e apresenta maior resistência a antibióticos.
A debilitação do sistema imunitário aumenta bastante o risco de Pneumonia, e os fatores ou situações que podem fragilizar as defesas do organismo são variados:
Exposição recorrente a poluição.
Tabagismo.
Alcoolismo.
Toxicodependência.
Infeção pelo VIH/SIDA.
Permanência em espaços pequenos em que o ar é muito denso.
Toma de certos medicamentos, nomeadamente corticoides.
Realização de quimioterapia.
Diabetes.
Insuficiência cardíaca.
Doença pulmonar obstrutiva crónica.
Como se manifesta?
A Pneumonia não tem sintomas muito específicos, aliás, os sintomas que a caracterizam são comuns a diversas patologias, o que pode dificultar o diagnóstico.
Regra geral, os sintomas surgem rapidamente e podem ser ou não simultâneos, pelo que deve estar atento à existência e persistência de sintomas como:
Febre (por norma elevada).
Tosse com ou sem expetoração.
Dor no tórax.
Dificuldades respiratórias.
Calafrios.
Dor de cabeça.
Náuseas.
Vómitos.
Dor abdominal.
Diarreia.
Dores musculares e articulares.
Os sintomas variam consoante o microrganismo que causou a infeção, a idade do paciente e o seu historial clínico.
Complicações
São várias as complicações resultantes de uma Pneumonia, destacando-se situações como:
Bacteriemia (ocorre quando a corrente sanguínea é invadida pelas bactérias responsáveis pela Pneumonia).
Insuficiência Respiratória.
Abcesso Pulmonar.
Derrame Pleural (acumulação de líquido na cavidade pleural).
Como é feito o
diagnóstico?
A Pneumonia é diagnosticada através da verificação da existência dos sintomas mais recorrentes e da auscultação do tórax, uma vez que a Pneumonia é caracterizada por sons bastante próprios, devido ao estreitamento das vias respiratórias.
A confirmação do diagnóstico é feita, regra geral, com recurso a uma radiografia torácica e pode ainda ser feita uma análise para identificar qual é o microrganismo que originou a doença.
Tratamento
As pneumonias têm frequentemente origem bacteriana, sendo o tratamento realizado com recurso a antibióticos. Normalmente o tratamento é feito em ambulatório e os antibióticos são administrados pela via oral.
Prevenção
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a Pneumonia.
No entanto, praticar exercício físico regularmente e fazer uma alimentação equilibrada e variada podem ser estratégias de prevenção bastante úteis, uma vez que estimulam o fortalecimento do sistema imunitário.
