Exposição Solar: tudo o que precisa de saber
Saúde e Bem Estar

17 Junho 2020

Exposição Solar: tudo o que precisa de saber

Exposição Solar: tudo o que precisa de saber

Durante o Verão, o tempo de exposição solar aumenta de forma exponencial. A exposição solar tem alguns benefícios que a tornam bastante apelativos, nomeadamente o seu papel na sintetização da Vitamina D, fundamental para o correto funcionamento do nosso organismo e para o desempenho do nosso Sistema Imunitário.


Nesta edição, a farmacêutica Marta Cosme ajudou-nos a perceber de que forma funciona a exposição solar, qual é o seu impacto, os seus benefícios e quais as medidas a adotar para minimizar riscos.



   1.
  Que impacto tem a exposição solar na saúde da nossa pele?


A exposição solar permite ao nosso organismo sintetizar a Vitamina D, cujas funções são extremamente importantes: desde a manutenção da saúde óssea, ao normal funcionamento do nosso sistema imunitário, entre outras.


Ainda assim, se a exposição solar for exagerada, pode trazer consequências graves.


Sabe-se que a interação entre a radiação ultravioleta e as células da nossa pele gera radicais livres extremamente reativos. Em condições normais, estes átomos ou moléculas instáveis são fundamentais para o funcionamento do organismo, no entanto, quando estes radicais estão em excesso, danificam as nossas células, conduzindo a um envelhecimento precoce. Daí o aparecimento de rugas, manchas e outros sinais de envelhecimento.


As radiações ultravioleta podem provocar queimaduras, danos oculares, alergias ao sol e cancro da pele.


Não podemos esquecer que existem medicamentos (orais, tópicos e cosméticos) que sensibilizam ainda mais a nossa pele quando estamos expostos ao sol.



   2.
  De que forma nos podemos proteger?


Seja Verão ou Inverno, o uso de protetor solar é a melhor forma de nos protegermos da radiação solar.


Quando vamos à praia devemos evitar as horas de maior calor (entre as 11h e as 17h) e sempre que estivermos expostos à radiação, devemos utilizar um protetor solar com um índice de proteção elevado (igual ou superior a 30). A aplicação do protetor deve ser renovada de 2 em 2 horas quando estamos expostos ao sol, quando transpiramos muito ou quando estamos molhados.


Devemos usar roupas leves e que protejam a nossa pele quando andamos ao ar livre.

O uso de chapéu e óculos também é aconselhado. 



   3.
  Quais os principais erros cometidos ao escolher um protetor solar?


Quando escolhemos um protetor solar, devemos ter em conta as características da nossa pele. Uma escolha errada pode agravar os problemas já existentes.


Os protetores que contenham perfume não são aconselhados para pele sensível com tendência a alergias, nem em casos de rosácea.


Para a pele oleosa e com tendência ao desenvolvimento de acne, os protetores oil-free são a melhor opção.







ERROS QUE COMPROMETEM A PROTEÇÃO DA NOSSA PELE


  • Usar proteção solar apenas no Verão ou em dias de sol. Não podemos esquecer que as radiações ultravioleta passam através das nuvens e do nevoeiro, podendo também atravessar vidros e janelas.
  • Aplicar quantidades insuficientes de protetor.
  • Não renovar a aplicação de protetor solar ao longo do dia.
  • Utilizar um protetor solar com a validade já expirada.




  • Usar proteção solar apenas no Verão ou em dias de sol. Não podemos esquecer que as radiações ultravioleta passam através das nuvens e do nevoeiro, podendo também atravessar vidros e janelas.

  • Aplicar quantidades insuficientes de protetor.

  • Não renovar a aplicação de protetor solar ao longo do dia.

  • Utilizar um protetor solar com a validade já expirada. 



   4.
  Como identificar o fator de proteção mais adequado para nós?


Cada pessoa tem um tipo de pele diferente, o que influencia a sua sensibilidade e tolerância às radiações solares.

Desta forma, a proteção solar adequada deve ser escolhida de acordo com a sensibilidade da pele de cada indivíduo (pigmentação) e intensidade da radiação solar.


A proteção solar pode ser fraca (Fator de Proteção Solar - FPS de 6 a 10), média (FPS de 15 a 25), alta (de 30 a 50) e muito alta (50+).

Isto significa que um indivíduo com a pele mais escura (pele com mais melanina) pode escolher um protetor solar com um FPS menor. O mesmo já não se verifica para um indivíduo com a pele clara.


Imaginemos esta situação: a minha pele aguenta meia hora de exposição solar sem ficar vermelha, sendo que o meu protetor solar tem um FPS de 30.

Sendo assim , ou seja, a minha pele só aguenta uma hora de exposição solar. Após este tempo, devo renovar a aplicação de protetor.



   5.  Nas zonas mais sensíveis, como o rosto, há outros cuidados a ter?


A pele do rosto é sempre a mais exposta ao sol, o que significa que devemos ter especial cuidado. Como é mais fina e mais sensível, podemos escolher um protetor específico para o rosto quando a pele é mais oleosa ou sensível e reativa.

Normalmente não existe problema em usar o protetor corporal no rosto. No entanto, este pode provocar as famosas espinhas, bem como alguma irritação ocular.

É importante salientar que temos também de proteger os nossos lábios do sol, usando um stick com FPS 50+.
A sua aplicação deve ser feita de hora a hora, depois de sair da água e depois de comer e/ou beber.



6.
  Após a exposição solar que rotinas devemos adotar para uma pele saudável?

Após um dia de praia, devemos tomar banho com água tépida sem esfregar demasiado a pele. O mesmo se aplica quando nos secamos com a toalha: devemos secar-nos com pequenas pancadas.


Se quisermos manter um bronzeado bonito e saudável, a palavra ‘hidratação’ é sem dúvida o conceito-chave.
A exposição ao sol agride a pele, deixando-a ressequida e em alguns casos, com vermelhidão e queimaduras. Como tal, precisamos de a hidratar corretamente, pois desta forma conseguimos regenerar e manter as características da pele intactas.
Por isso, precisamos de produtos nutritivos, hidratantes e que confiram uma sensação refrescante.



7.
  Idosos e crianças devem ter cuidados específicos?


A pele é o nosso maior órgão e, entre muitas outras funções, é o responsável por nos proteger das agressões externas.


Ao longo da nossa vida a pele vai sofrendo modificações, sendo que as crianças e os idosos têm uma pele mais fina.
Aliando este facto à sua maior vulnerabilidade ao calor, torna-se imperativo redobrar e especificar os cuidados.


De uma maneira geral as crianças e os idosos podem não manifestar sede e, por essa razão, devemos estar muito atentos, garantindo que estão sempre muito bem hidratados. Devemos evitar que estejam expostos ao calor e à luz direta do sol.
Além disso, em dias de muito calor, é preferível passar algumas horas num ambiente fresco no caso destas faixas etárias.



 


Os protetores solares contêm, na sua maioria, filtros químicos. No entanto, devemos optar por um protetor que contenha filtros físicos/minerais em determinados casos:


  • Crianças com menos de 3 anos.

  • Doenças dermatológicas.

  • Casos de alergia.

  • Sensibilidade ao sol.



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