Cancro do Colo
do Útero
Portugal é o país da Europa Ocidental com maior incidência de Cancro do Colo do Útero, sendo a grande maioria dos casos consequência da infeção pelo Vírus do HPV.
O exame Papanicolau é uma forma bastante útil e eficaz de detetar precocemente a presença do HPV ou a presença de células anómalas. A colheita e análise de células do útero permite iniciar o tratamento das células anómalas ainda antes de estas serem efetivamente células cancerígenas, o que é fundamental, pois caso o diagnóstico não seja precoce, o risco de o tumor se espalhar, afetando outros órgãos.
Sintomas
Os sintomas desta patologia são transversais a outras doenças, o que faz com que as pacientes não os tomem como sinais de alerta para a deteção do problema. Estes sintomas são:
- Hemorragia vaginal.
- Corrimento vaginal anormal.
- Dor durante a relação sexual.
- Dor pélvica.
Diagnóstico e Grau de Desenvolvimento
O diagnóstico é confirmado através da realização de uma Colposcopia ou de uma Biópsia, e segue-se da determinação da extensão e gravidade da doença, que consiste em determinar o seu grau de desenvolvimento.
Para se conseguir classificar o tumor é realizado um TAC ou uma Ressonância Pélvica.
Tratamento
Após confirmado o grau de desenvolvimento do tumor, é definida uma estratégia de tratamento, pensada por uma equipa multidisciplinar e discutida com a paciente, uma vez que a metodologia adotada pode ser condicionada pela intenção da paciente de engravidar futuramente.
As opções de tratamento são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, podendo a radioterapia ser externa ou intracavitária.
Fatores de Risco
São vários os fatores identificados como fatores de risco para o desenvolvimento do Cancro do Colo do Útero, destacando-se:
- Idade.
- Menopausa tardia.
- Etnia (a incidência é maior em mulheres caucasianas).
- Não ter tido filhos.
- Obesidade.
- Ter sofrido de Cancro do Cólon e/ou Reto.
- Ter feito radioterapia na zona pélvica.
- Realização de Terapêutica Hormonal de Substituição.
- Realização de Terapêutica Hormonal com Anti-estrogénios.
- Infeção pelo HPV.
Sendo tantos e tão variados os fatores de risco, é essencial que os exames de rotina e de rastreio sejam regulares, em especial o Papanicolau, que deve ser realizado por todas as mulheres a partir dos 21 anos, de dois em dois anos, até aos 30, e de três em três anos após os 30 anos.